Administrar conflitos no trabalho é uma das tarefas corporativas mais delicadas. É bom que, principalmente o gestor, se antecipe aos fatos para gerenciá-los.

  

 

Se tudo fosse como a gente quer, a sua equipe trabalharia numa boa, sem coflitos. Todos comemorariam as vitórias de cada um, apoiariam o crescimento individual e haveriam de gostar do tempo que passam juntos, até fora do horário de trabalho, não importa se presencial ou virtualmente.

 

Antes tarde que nunca, então vamos acordar porque esta é uma quimera irreal, pois na verdade isso não acontece nem no mosteiro. O normal é toda equipe relatar que passa por desentendimentos, com 85% dos funcionários de todos os níveis. Ao ponto do filósofo Jean Paul Sartre chegar a essa conclusão: “para mim o inferno são os outros”. Onde se junta pessoas há inevitáveis conflitos.

 

Porém, essa não é totalmente uma notícia ruim. Apesar de existirem diversos tipos de conflitos no ambiente de trabalho e alguns serem inevitáveis, eles também podem ser algo positivo. Pelo que sabemos  de uma autora incrível que pode nos ajudar a entender esse contexto para melhorá-lo. A socióloga Christine Carter apresenta dois trabalhos contributivos para o tema. Primeiro, no artigo “O conflito alimenta a mudança escrito  para o Greater Good Science Center da Universidade da Califórnia em Berkeley em que afirma: “O conflito é totalmente necessário para o crescimento intelectual, emocional e até moral”.


Segundo, em seu livro “O ponto de equilíbrio: Como Obter O Máximo De Resultados Com O Mínimo De Esforço” publicado no Brasil em 2016 pela Sextante, Carter aborda criativamente os pululantes temas do mundo profissional como conflitos interpessoais,  excesso de trabalho, a falta de tempo e a distração causada pelo mundo virtual. O ponto de equilíbrio apresenta técnicas para você promover uma mudança significativa em sua vida e ser um agente positivo na sua equipe de trabalho.


Um dos maiores problemas da insatisfação no trabalho é que as pessoas em geral laboram em profissões e empresas onde caíram de paraquedas, não escolheram. Aí valorizam em demasia a disciplina e a necessidade de ganhar a vida e se obrigam ao indesejável, criando revolta interior e espírito belicoso de resistência à contrariedade na convivência.


Christine Carter  demonstra em seu case como  ninguém precisa abrir mão da carreira para viver sem estresse nem deve sacrificar suas poucas horas de lazer para ser mais produtivo – basta encontrar seu ponto de equilíbrio, um estado em que você é capaz de fazer mais se esforçando menos.


Carter experimentou isso na própria vida dela e anotou sua experiência à luz da ciência.


Sentindo-se sobrecarregada ao tentar conciliar os papéis de escritora, palestrante e mãe, ela lançou mão de seu vasto conhecimento sobre felicidade e alta performance e testou em si mesma diversas técnicas que prometiam trazer mais eficiência ou mais tranquilidade. Acabou descobrindo que o ideal é unir nossas paixões, nossa vocação e nosso trabalho – três forças que, quando combinadas, nos dão entusiasmo e serenidade para enfrentar qualquer situação.


Assim sendo, é aqui que você entra. Para colher os frutos do conflito, você precisa saber como gerenciar isso com eficiência. Infelizmente, apenas 54% dos funcionários acham que os gestores poderiam lidar melhor com as discussões no trabalho.



0 Comentários