AMOR Á SEGUNDA VISTA, O LIVRO
Se estiver VIVENDO em algum relacionamento, qual o motivo que lhe
faz ficar nele? O que lhe motivou a começar? É amor ou interesse?
“O amor tudo suporta”, o interesse nem tanto. Todos nós
temos algo a ser curado para que vivamos plenamente as ordens do amor. É isso
que o livro "Amor à segunda Vista", de Bert Hellinger, nos ajuda a enxergar.
Na vida moderna parece haver uma tendência aos
relacionamentos fugazes, "líquidos", como já identificado por Zygmunt Bauman. A tendência é
vivenciarmos relacionamentos em que as partes não estão comprometidas a fazer o
necessário para “durar”, pois os relacionamentos parecem feitos por duas
pessoas exigentes e cheias de cobrança, onde busca-se abocanhar momentos de
satisfação e não compartilhar uma vida de alegria.
“Ninguém dá o que não tem”, as pessoas andam muito vazias.
No livro “Amor à segunda Vista”, que pode ser encontrado online
em https://www.estantevirtual.com.br/busca?utf8=%E2%9C%93&q=Bert%20Hellinger,
Bert Hellinger expõe a mazela desse tempo e nos ajuda a refletir e crescer.
Sobre o autor.
Bert Hellinger é um teólogo, filósofo e psicoterapeuta
alemão nascido em 18 de dezembro de 1925. Trata-se nada mais nada menos do que
o criador da teoria da Constelação Familiar.
Durante dezesseis anos, ele trabalhou como missionário na
África do Sul entre os zulus. Foi durante esse período que ele se viu diante
dos costumes, dos rituais e da música zulus. Todas essas experiencias
proporcionaram a ele uma formação ecumênica e dinâmica de grupo que mudou sua
vida.
O resultado de tudo isso veio após sair da congregação, aos
25 anos de sacerdócio. Hellinger voltou, então, à Alemanha e começou a buscar
uma formação em Psicanálise, que resultou em nos estudos que deram origem à
teoria das Constelações Familiares.
O trabalho de Hellinger abrange, dentro da psicoterapia,
aspectos da pedagogia e aconselhamentos de casais e de famílias inteiras. A
Constelação trabalha e aplica seus conhecimentos a consultorias empresariais,
política e resolução de problemas sociais.
Entre as principais teorias desenvolvidas por Helliger está
a noção de que a consciência não julga o certo e o errado, mas faz parte de
predefinições, por ele chamadas de “ordens do amor” e “ordens de origem”.
Principais obras de Bert Hellinger:
São livros maravilhosos que lançam luzes sobre o tema da
vida na terra:
A fonte não precisa perguntar pelo caminho, pela Editora
Atman;
A Simetria Oculta do Amor, pela Editora Cultrix
Conflito e paz: uma resposta, pela Editora Cultrix
Desatando os laços do destino, pela Editora Cultrix
Liberados Somos Concluídos, pela Editora Atman
No centro sentimos leveza, pela Editora Cultrix
O Essencial É Simples, pela Editora Atman.
Resumo do Livro Amor à segunda vista
Prefácio do livro “Amor
à Segunda Vista”:
“O que acontece quando o homem diz à mulher e a mulher diz
ao homem esta frase: ‘Eu amo você e aquilo que guia a mim e a você’? De repente
não olham apenas para o seu desejo, olham para algo que está além deles. Mesmo
que ainda não consigam compreender o que essa frase exige deles ou com o que de
especial ela os presenteia, e ainda qual o destino que guarda cada um deles
separadamente e juntos – trata-se de uma frase que prepara e possibilita, após
o amor à primeira, o amor à segunda vista.”
A partir disso, Bert nos conduz ao entendimento das ordens
ocultas do amor. Ordens essas que, segundo ele, são fundamentais para facilitar
a fluidez do amor. Em especial, ele nos mostra a importância de tomar três dos
cinco círculos do amor.
Antes de falarmos sobre eles, é importante lembrar a
importância da origem pessoal na constelação familiar, de onde viemos ou,
melhor, de quem viemos? Afinal, muito do que vivemos hoje advém de experiências
do nosso núcleo familiar. Experiências essas que nem sempre foram feitas por
nós. Assim, Bert explora a relação entre pais e filhos para nos ajudar a
entender as relações humanas e o destino de cada um.
Primeiro círculo do amor
Neste primeiro ponto, o livro nos questiona como se deu o
início de nossa vida. Afinal, nosso nascimento e infância são marcas decisivas
na construção de nosso eu. Por isso é importante pensarmos como foi que
recebemos a vida que foi nos dada por nossos pais. Será que tivemos pais
presentes em nossa infância?
Essas perguntas são cruciais, pois, receber a vida
plenamente nos torna gratos e nos permite seguir em frente. Caso não tenhamos
recebido o que foi nos dado com a certeza que aquilo e suficiente, há uma
tendência que nos direciona a comportamentos egoístas e vazios. Da mesma forma,
a negligência dos pais na fase crucial da infância traz solidão e carência.
Tudo isso refletirá nos relacionamentos futuros.
Segundo círculo do amor
No segundo círculo somos convidados a pensar sobre como
caminhamos em relação à nossa família, como nos dirigimos a nossos pais, se
temos um sentimento de gratidão a tudo que recebemos deles; até se já os
julgamos em algum momento: isso hoje está superado?
Além disso, nesse segundo círculo é importante entender
nosso lugar dentro da família. Qual nosso papel, como nos posicionamos diante
de um conflito entre nossos pais? Além disso, precisamos entender que nossa
relação com os pais não deve ser misturada com a relação pessoal deles.
Outro ponto importante que Bert nos traz é a relação com os
membros da família além dos pais. Por exemplo, se temos irmãos, se estes estão
vivos ou mortos, tudo isso interfere diretamente sobre nós. Ademais, é
importante considerar como encaramos a relação nossa com eles e também com
nossos pais.
Terceiro círculo do amor
O terceiro círculo é um convite a pensarmos nas relações que
vieram antes de nós. Por exemplo, se nossos pais tiveram parceiros importantes
antes de se tornarem um casal. Como essas relações acabaram e a presença ou
ausência de respeito no tocante a essas pessoas são fatores importantes para
determinar a perfeita saúde do atual relacionamento. Não são só as nossas experiências que determinam quem somos.
Devemos pensar também como nossas relações afetivas
começaram. Como foi o momento em que amamos a primeira vez, como foi nossa
primeira experiência sexual. Ao refletir sobre isso, precisamos nos questionar
se sabemos dar e receber o amor. Imprimimos e exigimos do parceiro algo que não
recebemos de nossos pais?
Outro ponto importante a se refletir é se na relação
enxergamos o outro com respeito, como igual. Também é preciso questionar se
entendemos e valorizamos a família do outro. Afinal, ela faz parte de quem ele
é. Dessa forma, será que a família do outro e a sua tem espaço na sua vida, no
seu coração? Será que as famílias de ambos fazem conscientemente parte do
sistema familiar de vocês?
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