APOSTILA DO CURSO DE CONSTELAÇÃO FAMILIAR COM FERMINO NETO
APOSTILA DO CURSO DE CONSTELAÇÃO FAMILIAR
Prof. Fermino Neto
scer, ussoa traz características genéticas consigo. Na maioria das vezes, os traços mais notáveis são aqueles relacionados a aspectos físicos, como fisionomia, cor dos olhos, estrutura corporal e até mesmo algumas condições de saúde. Da mesma forma, ao longo do desenvolvimento, algumas particularidades emocionais também se manifestam, como comportamento, maneira de reagir às situações e até mesmo gostos e aptidões. Quem nunca ouviu a frase "Você puxou isso do seu pai" ou "Você tem talento como sua mãe"? É comum achar que a herança dos antepassados se restringe a esses aspectos. No entanto, nossa ancestralidade é muito mais complexa do que se imagina e pode influenciar, inclusive, alguns fatos e padrões de comportamento na vida de uma pessoa e não julga nada. Que mudança você pode ter?
Data: 20 de novembro de 2020
Horário: das 19 às 22h
21 de novembro de 2020
Das 8 às 20h
Resumo do conteúdo:
Método terapêutico
promove a elucidação de conflitos na família, potencializa resultados nas
empresas e transforma vidas
ROTEIRO/HORÁRIO
01 – Inicio no horário exato com
apresentação das pessoas e seus propósitos no curso:
1ª. sessão coletiva de
Constelação:
02 - Apresentação do propósito do
curso, avisos gerais dos coordenadores. Eleição do líder da turma, 2
ouvidores e 3 avalistas.
03 – Modulo 1 da parte teórica.
04 - que é a Constelação Familiar de
Bert Hellinger?
https://www.youtube.com/watch?v=cXp9TTeCfvk TV BRASIL
https://www.youtube.com/watch?v=95mOeXPIwQQ Fantástico
https://www.youtube.com/watch?v=mb62c1RdqAs
05 – Aberto para debate
06 – Coffe brake
07 – Módulo 2 da parte
teórica
Os fundamentos psicanalíticos
fenomenológicos da Constelação Familiar de Bert Hellinger.
https://www.youtube.com/watch?v=OUPqcW5MTw8
08 Aberto para debate
09 – Módulo 3 da parte
teórica
Passo a passo para conduzir uma sessão
de Constelação Familiar com eficiência.
10 – Aberto para debate
12 – Módulo 4 da parte teórica
Formas de exercício legal da profissão
de terapeuta constelador e/ou aplicação da Constelação em casa e no
trabalho.
13 – Aberto para debate seguido de
almoço.
https://www.youtube.com/watch?v=yiRLsQAMvPY
14 –
Almoço. 15 – Dinâmicas de Constelação: com Bonecos,
individual e em grupo.
Entrevista de Bert Hellinger – vídeo.
16 – Práticas da Constelação no Rio e
em São Paulo (vídeos)
17– Dinâmica de grupo debater: https://blog.ferminoneto.com.br/2020/03/entrevista-de-bert-hellinger-roteiro-de.html
18 – Coffe break
19 – Plenário da
dinâmica de grupo com a contribuição livre de todos.
20 – Formação da 2ª sessão de
Constelação individual com bonecos
21 – 5º Módulo da parte teórico/prática
Como constelar combinando frases
dos livros de Bert Hellinger?
22 – Auto avaliação e encerramento com
entrega de certificado e coquetel ou jantar.
Módulo
1 da parte teórica
O que é a
Constelação Familiar de Bert Hellinger? Sua história, seu fundador, suas
vantagens.
Ao nascer, uma
pessoa traz características genéticas consigo. Na maioria das vezes, os traços
mais notáveis são aqueles relacionados a aspectos físicos, como fisionomia, cor
dos olhos, estrutura corporal e até mesmo algumas condições de saúde.
Da mesma forma, ao
longo do desenvolvimento, algumas particularidades emocionais também se
manifestam, como comportamento, maneira de reagir às situações e até mesmo
gostos e aptidões.
Quem nunca ouviu a
frase "Você puxou isso do seu pai" ou "Você tem talento como sua
mãe"? É comum achar que a herança dos antepassados se restringe a esses
aspectos.
No entanto, nossa
ancestralidade é muito mais complexa do que se imagina e pode influenciar,
inclusive, alguns fatos e padrões de comportamento na vida de uma pessoa.
O filósofo, teólogo
e psicanalista alemão Bert Hellinger é historicamente um estudioso do sistema
familiar.
Após conviver por
16 anos com a tribo dos Zulus, na África do Sul, e estudar profundamente
diferentes correntes dentro da psicologia, ele chegou à conclusão que os seres
humanos estão energeticamente conectados aos seus antepassados por meio de um
campo morfogenético, algo como uma energia coletiva.
Segundo a visão de
Hellinger, essa conexão faz com que os familiares carreguem consigo informações
vividas por outros parentes, mesmo que esses parentes já tenham morrido. Isso
significa que a vivência dos nossos antepassados, bem como suas crenças,
valores morais, traumas, doenças e segredos formaram uma espécie de memória que
pode ser passada geneticamente para seus filhos, netos e bisnetos,
influenciando a vida dos descendentes. Por esse motivo, é possível que alguns
obstáculos recorrentes, como problemas afetivos, endividamento e até mesmo uma
doença sejam, na verdade, consequências de alguma situação vivida, por exemplo,
pelos bisavós.
Uma
possibilidade
Pode ser que você
esteja um pouco confuso e tentando relacionar os problemas da sua vida com
atitudes dos seus parentes.
Mas é importante
saber que tentar identificar e resolver essa situação sem auxílio é um caminho
que dificilmente leva a uma solução.
No entanto, existe
um método capaz de alcançar esse entendimento e esclarecer esses emaranhamentos
herdados dos ancestrais: a Constelação Familiar.
O que é
Constelação Familiar?
A Constelação
Familiar é uma prática terapêutica usada para tratar questões físicas e mentais
a partir da revelação das dinâmicas ocultas de uma família.
Por meio da
constelação familiar é possível identificar acontecimentos que, mesmo
desconhecidos, podem trazer problemas para a vida de uma pessoa.
Essa prática pode
ser entendida como uma terapia breve, ou seja, que não requer repetidas sessões
para elucidar uma questão.
Isso acontece
porque a constelação familiar atua de forma energética e visa solucionar um
conflito por vez. Suas dinâmicas consistem em montar o sistema familiar e
entrar em contato com o campo morfogenético do sistema familiar do cliente.
Esse contato
possibilita identificar os motivos que possam ter ocasionado um desequilíbrio
nesse sistema.
De acordo com a
Associação Brasileira de Constelações Sistêmicas, a terapia de Constelação
Familiar não tem o objetivo de substituir outras terapias ou se colocar acima
da medicina convencional, mas sim servir de complemento e possibilitar que o
indivíduo tenha conhecimento de seu sistema familiar.
O Ministério da
Saúde incluiu a Constelação Familiar no rol de procedimentos disponíveis no
Sistema Único de Saúde (SUS).
A terapia foi
incluída no escopo das Práticas Integrativas e Complementares (PICs) como forma
de ser uma terapia complementar que pode contribuir para a saúde e bem-estar da
população.
E cresce cada vez
mais a sua aplicação em audiências judiciais da vara de família da Justiça para
atenuar conflitos de casais em situação de separação litigiosa.
Como nasceu a
Constelação Familiar?
A terapia da
Constelação Familiar foi criada pelo terapeuta, filósofo, teólogo e pedagogo
alemão Bert Hellinger.
Durante 16 anos,
ele atuou como missionário na África do Sul, numa tribo Zulu, e percebeu que os
integrantes da tribo possuíam uma dinâmica própria para a resolução de
conflitos.
Ninguém tinha um
problema na tribo. Quando algo acontecia, esse problema era de todos, não
haviam fatos isolados e sim um porquê coletivo.
Após esse período,
Hellinger voltou para a Alemanha e decidiu estudar de forma profunda a
psicologia, tornando-se assim proficiente em diferentes tipos de terapia, como
psicanálise, terapia gestáltica, análise transacional, hipnoterapia e terapia
de sistemas familiares.
Essas diferentes correntes,
associadas a outros conceitos estudados por Hellinger, foram fundamentais para
que ele chegasse ao entendimento do método de Constelação Familiar.
Nos anos
1980, então, Hellinger começou a trabalhar com constelações familiares.
Na época não era possível
explicar todos os mecanismos, fazendo com que ela fosse tratada como algo
místico.
Na década de
90, com o mapeamento do Genoma Humano, foi possível descobrir que os genes
transmitem memórias ancestrais para gerações futuras.
Essas memórias
passaram a ser conhecidas em âmbito científico como memórias epigenéticas.
Recentemente o
biólogo inglês Rupert Sheldrake fundamentou a teoria dos campos morfogenéticos.
Módulo
2 da parte teórica
Os fundamentos
psicanalíticos fenomenológicos da Constelação Familiar de Bert Hellinger.
No livro
"Constelações Familiares - O Reconhecimento das Ordens do Amor", de
Bert Hellinger e Gabriele ten Hovel, é explicado que quando uma pessoa nasce,
além da herança genética ocorre uma transmissão de informações por meio dos
campos mórficos.
Nesses campos
existe uma espécie de memória coletiva da espécie a que se pertence. E essa
memória é enriquecida em cada indivíduo da espécie e cada indivíduo dessa
espécie está ligado a essa memória.
De certa forma,
a teoria de Sheldrake dá embasamento científico para o que Carl Jung chamava de
inconsciente coletivo.
O inconsciente
coletivo é uma das principais teorias de Carl Jung, na qual acredita-se que
existe um conjunto de pensamentos e sentimentos compartilhados com outras
pessoas.
Sendo assim, a
mente humana teria características inatas impressas como resultado da evolução
e essas predisposições são originadas dos nossos ancestrais.
A partir
desse entendimento a constelação familiar se tornou algo mais viável de
trabalhar ao longo da história.
Quais são os
preceitos da Constelação Familiar?
Quando Hellinger
criou a Constelação Familiar ele descobriu, observou e validou as "Ordens
do Amor".
Essas leis têm o
poder de influenciar tanto a vida individual das pessoas quanto o sistema
familiar.
Emaranhamentos
O não cumprimento
dessas leis é um dos fatores que pode desencadear desequilíbrios e
emaranhamentos no sistema familiar, ocasionando assim em problemas afetivos,
financeiros, fobias, doenças e tendências suicidas.
As "Ordens do
Amor" escritas por Hellinger são respectivamente:
Lei da hierarquia
Lei do equilíbrio
Lei do
pertencimento
Todo indivíduo por
natureza tem a necessidade de pertencer. Sendo assim, ao nascer, uma pessoa
precisa se sentir parte de um sistema familiar ou institucional e ter sua
posição reconhecida e valorizada.
Essa premissa vale,
inclusive, se algum membro da família cometeu algum ato considerado moralmente
errado, como um assassinato, roubo, incesto, abuso sexual.
De acordo com
Hellinger, quando isso acontece, é comum que as pessoas da família prefiram
esconder e esquecer o assunto, com o objetivo de fazer com que aquele indivíduo
não faça mais parte da família.
O problema é que
quando uma pessoa é afastada ou excluída do sistema familiar isso causa um
sofrimento chamado "Dor dos Excluídos" e pode ocasionar problemas nas
gerações futuras. Isso faz com que os sucessores da família reproduzam e sejam,
de alguma forma, afetados por essa exclusão, sem saberem o real motivo.
Além disso, a Lei
do Pertencimento também se aplica quando uma pessoa foi prejudicada por alguém
da família.
Um exemplo seria um
dos pais ter tido uma relação afetiva mal resolvida no passado antes de
conhecer a pessoa com quem se casou.
Vamos supor que o
pai teve uma noiva que foi abandonada para ele ficar com a mãe com quem formou
uma família. Essa falta de resolução gera uma injustiça que desequilibra o
sistema familiar.
Essa situação
vivida no passado pode ter sido esquecida, mas não deixa de existir. E pode
fazer com que, por exemplo, a filha do casal tenha um relacionamento conturbado
com o pai.
Uma possível
explicação para isso seria o fato de a filha estar manifestando a dor da mulher
que foi substituída.
Segundo o livro
"Ordens do Amor" escrito por Bert Hellinger, quando alguma pessoa é
excluída seu destino é inconscientemente assumido por membros subsequentes da
família. A solução para resolver o conflito seria integrar novamente à família
a pessoa que foi excluída, pois essa aceitação possibilita que a injustiça seja
compensada e os destinos não precisam mais ser repetidos.
2. Lei da
hierarquia
Além de pertencer,
cada indivíduo ocupa uma posição dentro do sistema familiar.
De acordo com
Hellinger essa lei precisa contemplar a hierarquia de respeitar quem veio primeiro.
Logo, a Lei da Hierarquia institui que os pais têm precedência aos filhos e os
relacionamentos anteriores desses pais também ocupam um lugar de respeito na
história de cada cônjuge.
É muito comum que
os filhos passem a ocupar o papel dos pais dentro de uma família. Isso causa um
desequilíbrio.
Ele pontua que os
filhos não podem ser maiores do que os pais.
Quando isso
acontece as pessoas param de ocupar os seus respectivos lugares dentro do
sistema familiar.
Esse tipo de
desequilíbrio pode fazer com que, por exemplo, os pais naquela família
manifestem um comportamento infantilizado e os filhos fiquem ansiosos, pois
estão carregando uma carga emocional que não é sua.
Respeitar a
hierarquia não significa se fidelizar ao sistema familiar, mantendo os mesmos
comportamentos e padrões, pois implicaria em manter o sistema vigente, mas
reconhecer e honrar aos que vieram antes de nós.
Ao respeitar e
aceitar a hierarquia dos antepassados, é possível equilibrar novamente a
segunda ordem do amor
Lei do equilíbrio
Muitos dos
desequilíbrios no sistema familiar acontecem porque não há um equilíbrio entre
dar e receber dentro do sistema familiar.
Esse tipo de
manifestação pode acontecer, por exemplo, dentro de um relacionamento afetivo
em que um dos dois se doa mais do que o outro.
Somos acostumados a
acreditar que se doar por amor não traz consequências negativas.
No entanto, à luz
da Constelação Familiar, esse desequilíbrio pode fazer com que a pessoa que
recebeu demais torne-se dependente do par, passando a ser também menos
interessante como parceiro(a).
Isso faz com que a
pessoa que se doou demais, mas não recebeu em troca, busque outras distrações
ou outros parceiros(as), ocasionando assim uma traição entre o casal.
Da mesma forma,
pode acontecer de a pessoa que está recebendo demais sentir-se culpada por não
conseguir retribuir o amor que está recebendo e daí ela encontra uma forma de
sair daquela relação, ou então atacar a pessoa que se doou demais para fazer
com que ela se sinta inferior.
Vale ressaltar que
o emaranhamento da lei do equilíbrio pode se manifestar também quando
abandona-se a própria vida por alguém, um parceiro (a), filho, emprego.
Todos nós estamos
submetidos às Leis do Amor?
Claro que sim, pois
o campo morfogenético está presente na vida de todas as famílias.
Portanto, todas as
pessoas são afetadas pelas Leis do Amor, mesmo que não tenham conhecimento de
sua existência.
Como funciona uma
sessão de Constelação Familiar?
Sempre que uma
pessoa sente que há uma questão em sua vida de difícil resolução e que está
bloqueando o andamento de sua vida, é possível contar com o auxílio da
constelação familiar.
A terapia de
constelação familiar conta com a orientação de um constelador ou facilitador.
Essa pessoa é um(a) terapeuta com formação em constelação familiar.
Assim como noutras
terapias, no momento de participar de uma sessão de constelação familiar, é
necessário agendar um horário com um especialista ou participar de um workshop
ministrado pelo especialista.
Ao chegar ao local,
o cliente (é assim que a pessoa que busca a constelação é chamada) e o
constelador/facilitador (pessoa que irá conduzir a constelação) conversam
rapidamente.
Depois disso, o
cliente diz ao constelador qual é a questão que ele quer resolver.
Módulo 3 da parte
teórica
Passo a passo para
conduzir uma sessão de Constelação Familiar com eficiência.
(esse tema será
melhor trabalhado na parte prática)
A constelação
familiar pode ser realizada individualmente ou em grupo:
Constelação
familiar individual
Esse tipo de
atendimento é realizado apenas pelo terapeuta e o cliente. Como dito
anteriormente, a constelação familiar busca acessar o campo morfogenético a fim
de identificar qual é o emaranhamento que acomete o sistema familiar do
cliente.
Ao acessar o campo
energético é possível entender as dinâmicas que fazem parte do sistema
familiar.
O próximo passo é
utilizar representantes humanos ou bonecos para simbolizar os membros da
família do cliente.
Em uma constelação
feita em grupo esse tipo de representação é feita por pessoas escolhidas no
momento. Já quando se está trabalhando em uma constelação individual, essa
representação é feita com o auxílio de bonecos ou outros objetos.
O cliente então
seleciona os objetos que representarão os integrantes de sua família e os
posiciona a partir do direcionamento do campo.
Muitas pessoas têm
a impressão de que o processo individual dificulta o acesso ao campo.
Porém, de acordo
com Hellinger, em seu livro "Ordens do Amor", ao se aproximar dos
objetos é possível perceber a sensação dos integrantes da família envolvidos na
cena. Ao presenciar essa energia, é possível seguir com a constelação.
A partir da
movimentação do campo e também com auxílio de sua sensibilidade, o constelador
consegue identificar onde está o desequilíbrio no sistema familiar. Existe um
sistema de checagem para o constelador.
Por isso é
importante que o terapeuta esteja com a mente vazia para conseguir estar 100%
presente na cena. Quando se está presente a resposta sempre chega.
No livro
"Constelações Familiares - O Reconhecimento das Ordens do Amor",
Hellinger explica que a validação das hipóteses do constelador se dá pelas
reações manifestadas pelo cliente.
De acordo com ele,
a revelação faz com que o cliente adquira entendimento sobre seu sistema
familiar e isso pode ser libertador.
Tratamento do
desequilíbrio
Após o
desequilíbrio ser revelado é hora de fazer o processo de integração do
conflito.
Sendo assim, o
constelador pode orientar ao cliente a dinâmica mais adequada para aquela
situação, que pode ser a integração de alguém que foi excluído da família, a
aceitação de algum fato que estava sendo ignorado e até mesmo o afastamento em
uma relação que não está equilibrada.
É importante ter em
mente que cada família tem sua história, portanto para cada situação é
necessária uma abordagem personalizada.
Constelação
Familiar em grupo
O objetivo da
constelação familiar feita em grupo é o mesmo da individual: visualizar o campo
morfogenético do cliente a fim de identificar o emaranhamento em seu sistema familiar.
No entanto, esse
tipo de constelação conta com a participação de outras pessoas, que podem tanto
atuar como representantes quanto apenas assistir à constelação.
As constelações
coletivas costumam ser realizadas em workshops agendados previamente com o
constelador.
Assim como na
constelação individual, quando uma pessoa vai participar da dinâmica coletiva,
o cliente diz no ouvido do constelador qual é a sua questão.
Em seguida, o
constelador pede ao cliente que escolha pessoas da plateia para simbolizarem
seu círculo familiar.
De acordo com o
livro "O Poder da Constelação em 27 Relatos", ser representante
requer uma responsabilidade em deixar de lado o próprio sistema, ego,
julgamentos e preconceitos.
Como se fora um
ator, entra-se assim em uma realidade nova, na qual é necessário suportar,
respeitar e representar o destino daquilo que está sendo apresentado.
O contato com esses
representantes possibilita que o constelado tenha chance de reencontrar com
pessoas que morreram, com seus desafetos, medos e doenças.
Com os
representantes selecionados, o constelador pode pedir ao cliente que posicione
cada um dos selecionados de acordo com sua sensação interna.
No livro
"Constelações Familiares - O Reconhecimento das Ordens do Amor",
Hellinger explica que as pessoas escolhidas para atuarem como representantes
"se sentem como as pessoas reais tão logo se encontrem na
constelação".
Segundo ele, pode
acontecer de os representantes manifestarem sintomas dos membros daquela
família, mesmo sem saber algo sobre eles.
A medida que o
campo se abre e os envolvidos entram em contato com a dinâmica, eles passam a
ser guiados pela energia do campo morfogenético.
O ideal é que o
constelador faça o mínimo de interferências durante a dinâmica.
Porém, é possível
perceber que em determinados momentos o constelador pergunta aos envolvidos
como se sentem, se estão incomodados com alguma coisa ou como gostariam de
agir.
Da mesma forma que
na constelação individual, durante o processo em público o constelador observa
o que se manifesta e busca validar hipóteses a fim de identificar a situação
que desencadeou o emaranhamento no sistema familiar.
Quando chega à
resposta, então, se dá o momento de integrar o conflito. Vale ressaltar, no
entanto, que cada situação requer um tipo de desfecho.
Sendo assim, é
importante ter em mente que cada constelação possui suas próprias
particularidades.
Módulo
4 da parte teórica
Formas de exercício
legal da profissão de terapeuta constelador e/ou aplicação da
Constelação em casa e no trabalho.
Como eu agendo uma constelação
familiar?
Quem tiver
interesse em realizar uma sessão de Constelação Familiar pelo Sistema Único de
Saúde pode procurar atendimento na Unidade Básica de Saúde mais próxima. Lá os
profissionais darão orientação sobre as etapas a serem seguidas para participar
da dinâmica. É importante ressaltar que a data do agendamento depende das vagas
disponíveis no sistema de saúde.
Além disso, também
é possível agendar uma sessão com os terapeutas particularesque realizam
constelação familiar.
Alguns terapeutas
realizam a sessão no próprio consultório. Caso seja uma constelação em grupo, a
dinâmica poderá ser realizada em um local público.
Preço da sessão de
Constelação Familiar
A Constelação
Familiar tem um preço que varia muito, principalmente entre as cidades. Mas
cada profissional precisa ter consciência de seu valor e de quanto lhe custa
fazer a entrega do benefício ao cliente.
Em São Paulo e no
Rio de Janeiro é possível encontrar profissionais capacitados que cobram por
uma média que varia entre R$ 450 a R$ 1500,00
Em Araguaína
normalmente custa R$ 250,00 a R$ 720,00, sendo a maioria executada
por psicólogos e psicanalistas que já obedecem tabela normal de seus
consultórios.
Em todos os casos,
a melhor opção é buscar sempre um bom profissional, com o qual sinta afinidade,
confiança e empatia e que tenha, é claro, reputação, sinta amor pela causa,
tenha vivência e experiência em Constelação Familiar Sistêmica.
O que acontece
depois que a constelação termina
Assim que a
constelação familiar termina o ideal é que o cliente saia da sessão e procure
não pensar muito no que aconteceu na dinâmica e tente não comentar com outras
pessoas.
Conversar com
outros profissionais sobre como foi a constelação também não é adequado. Cada
profissional que atua com esse tipo de terapia tem seus próprios recursos para
interagir com a situação.
Quando uma pessoa
faz constelação não é somente ela que sente os efeitos do processo, os
familiares e pessoas envolvidas na dinâmica, como indivíduos que não estavam
integrados ao sistema, também podem sentir a influência.
Isso acontece
porque todos nós temos campo morfogenéticos emaranhados. Sendo assim, quando
uma questão é integrada ocorre uma reação em cadeia.
É importante dizer
que muitas das informações vistas no campo morfogenético podem ser difíceis de
lidar em um primeiro momento.
Principais
benefícios da Constelação Familiar
É bem possível
obter transformações significativas na vida, como melhora no relacionamento
entre parentes, solução de problemas financeiros, afetivos e, em alguns casos,
até mesmo na saúde.
É importante ter em
mente que assim como a dinâmica tem suas particularidades, os benefícios também
podem variar de pessoa para pessoa.
Mas de maneira
geral, esses esclarecimentos podem ser úteis para o cliente:
Identificar
emaranhamentos ocultos no sistema familiar;
Ajudar a encontrar
o lugar certo de cada indivíduo dentro do sistema familiar;
Romper com
comportamentos e condicionamentos que prejudicam a vida dos que estão envolvidos
no sistema familiar;
Possibilidade de
integrar conflitos passados e obter melhorias nas questões que antes eram
aflitivas.
Informações
úteis para considerar antes de fazer uma Constelação Familiar:
Não existem
vítimas
Existem situações
na vida que nos tiram o chão. Diante de fatos assim, é comum se sentir como
vítima. Em uma sessão de constelação familiar o terapeuta não aceita a posição
de vítima. Se eu vejo meu cliente como vítima, estou dizendo que ele não é
capaz de se curar.
Ao primeiro momento,
isso pode parecer um comportamento rígido diante da fragilidade. Mas na verdade
pode ser compreendido como um exercício de enxergar o cliente em sua
totalidade, apesar do que ele pensa de si mesmo.
Se um cliente chega
no consultório se colocando no papel de vítima, ele precisa ser orientado que
esse não é o caminho.
Dentro da premissa
da constelação familiar, as pessoas têm responsabilidade pelas situações que
vivenciam. Esse tipo de informação pode causar diferentes sentimentos. Mas isso
acontece pelo fato de conhecermos apenas uma pequena parte sobre o sistema
familiar e sermos muito apegados aos nossos julgamentos.
Nunca há o que ser
perdoado
Assim como não há
vítimas, também não há o que precise ser perdoado dentro de uma dinâmica de
constelação familiar.
“Quando eu perdoo
alguém eu me coloco como se fosse superior. Esse tipo de sentimento pode gerar
um desequilíbrio no campo. Como disse, todos têm responsabilidade pelos fatos
que vivenciam. Logo, não há necessidade de perdão”.
Algumas
descobertas podem ser difíceis de lidar
Em uma
terapia de constelação familiar o contato com o campo morfogenético pode
mostrar situações difíceis de lidar - como assassinatos, mortes, abortos,
abusos sexuais e injustiças.
Receber esse tipo
de informação pode ser difícil, mas faz parte da prática terapêutica, pois o
cliente precisa saber o que campo mostra.
Da mesma
forma, adquirir esse entendimento pode ser igualmente libertador para entender
e integrar os conflitos que estão presentes no sistema familiar.
As descobertas
vistas no campo são ditas de forma direta
O constelador tem
um compromisso muito sério com a cura de seus clientes, mas não com o ego ou as
crenças limitantes que carregam.
Sendo assim, o
constelador não irá esconder do cliente uma informação que seja importante para
sua cura.
Hellinger explica
no livro "Ordens do Amor" que o constelador é uma pessoa que traz
realidades à luz e são essas realidades que ajudam e curam os clientes.
Existe um período
de tempo que deve ser respeitado entre uma constelação e outra.
Passar por uma
terapia de constelação familiar pode trazer transformações significativas para
a vida de uma pessoa.
No entanto, ela
mexe com a energia do campo morfogenético do sistema familiar e essa
movimentação pode ser intensa.
Sendo assim, não é
indicado que seja repetida em um curto espaço de tempo. O ideal é esperar seis
meses para repetir o procedimento.
Todo tipo de
questão pode ser constelado?
Seja uma unha
encravada, uma pessoa com doença terminal ou até mesmo uma empresa, é fato que
todo tipo de questão pode ser constelada e ter seu conflito inserido no sistema
familiar.
Atendimento online
Constelação
Familiar / Empresarial Online.
Faça a
sua:
No
conforto e segurança da sua casa ou local de trabalho;
Constele
on-line com o mesmo potencial de um encontro presencial;
Grato
pela oportunidade de trabalharmos juntos em seu processo.
Bônus:
Ensinamentos de
Hellinger sobre o relacionamento marido-mulher:
O respeito ao
espaço de cada um é aspecto fundamental para o sucesso de um relacionamento.
Para amar é preciso
aceitar duas solidões: a sua própria e a do outro.
“Numa relação deve
haver respeito por segredos. É ridículo querer que se conte tudo ao outro. Mas
não se pode agir como um intruso na alma da outra pessoa, mesmo que o
relacionamento seja duradouro”.
Além do amor e da
disponibilidade para a convivência, Hellinger cita o sexo como o terceiro
elemento essencial na relação de um casal.
“É a base de tudo.
Você não sente amor, vocês não vão ficar juntos, é somente sexo. Não tenho nada
contra, mas, quando o amor também atua, as pessoas são capazes de ficar juntas
e partilhar uma vida comum, o que é algo bastante diferente”.
Os primeiros laços
de amor são atados na família, que é uma grande alma comum. Essa consciência
coletiva comum é transmitida por sucessivas gerações, em uma corrente de
influências, incluindo experiências dolorosas vivenciadas pelo grupo.
Mesmo tendo
construído uma teoria estabelecendo determinadas leis comuns a todos os
relacionamentos, Bert Hellinger define sua terapia como empírica, isto é,
baseada na observação e na experiência. Ele diz não ter um diagnóstico global
ou uma fórmula mágica para fazer com que o amor dê certo.
Essa é a base da
terapia das constelações familiares, resultado da experiência e da observação
de Hellinger em seu trabalho de atendimento individual e a casais e outros
grupos durante mais de três décadas.
O trabalho não é
focado em questões psicológicas, mas nos padrões de comportamento gerados em
determinado sistema familiar, pois há uma ordem do amor que favorece o fluxo
afetivo harmonioso.
A reverência
essencial é cultivar reconhecimento e gratidão aos pais, antepassados e
parceiros anteriores, isto é fundamental para que o amor do presente
dê certo.
A ideia de
“sistema” (casal familiar ou outro agrupamento) tem sua origem nas reflexões do
estruturalismo, do início do século XX.
Um mais um é mais
que dois: a junção de elementos transforma a individualidade dos membros.
Um grupo (família
etc.) tem uma existência própria, que não é a mera justaposição de indivíduos.
O relacionamento altera a forma de ser, pensar e agir dos indivíduos.
Quem é Fermino
Neto?
Fermino Neto é
formado em Teologia, Filosofia, Pedagogia, Jornalismo com especialização em
Fenomenologia e Docência do Ensino Superior. Tem um vasto trabalho
com Mass Media, Comunicação Assertiva, Constelação Familiar e Psicanálise. (www.aguiaterapias.com.br
É também um
reconhecido professor de comunicação, mediador de seminários, palestrante, escritor
e gestor de pessoas. (www.ferminoneto.com.br)
É autor de quase 30
livros já esgotados nas livrarias mas acessíveis para download em www.aguiaeditora.com.br. Entre
estes figuram 6 preciosos livros de comunicação tendo
como foco o ensino da oratória, da liderança e do desenvolvimento
pessoal.
Fermino Neto é
criador de vários projetos de comunicação bem sucedidos, tendo Cid
Moreira como principal companheiro, padre Eusébio van den Aardweg, Hebe
Camargo, Dermi Azevedo, Arnaldo de Vidi, Chico Anysio, Pedro Bial, José Wilker,
Ana Maria Fadul, pastor Nilson Fanini, Stênio Garcia, Thiago Lacerda, Cissa
Guimarães, Millôr Fernandes, Gonzaguinha entre outros.
Boa parte de sua
vida profissional foi como sacerdote na Igreja Católica e em consultório.
Também é muito
respeitado por seu tempo nas empresas de rádio, tv e gravadoras, de
onde extraiu o conhecimento e segurança com que ensina
desenvolvimento pessoal.
Em sua trajetória
foi assistente espiritual do Movimento Familiar Cristão, do Encontro de Casais
com Cristo e incentivador da Pastoral da Família.
Comunica-se
divertindo todo mundo com as técnicas usadas por artistas, repórteres e
apresentadores das empresas de comunicação, especialmente na Rede
Globo.
Referências de leitura para
aprofundamento:
Constelações Familiares, de Bert
Hellinger e Gabriele ten Hövel
Ordens do Amor, de Bert Hellinger
Ordens da Ajuda, de Bert Hellinger
Desatando os Laços do Destino, Bert
Hellinger
As Constelações Familiares em Sua
Vida Diária, de Joy Manné
O Essencial é Simples, de Bert
Hellinger
Para que o Amor Dê Certo, de Bert
Hellinger
Outras Leituras Recomendadas:
A Fonte não Precisa Perguntar pelo
Caminho, de Bert Hellinger
A Paz Começa na Alma, de Bert
Hellinger
A Simetria Oculta do Amor, de Bert
Hellinger
Amor à Segunda Vista, de Bert
Hellinger
Liberados Somos Concluídos, de Bert
Hellinger
No Centro Sentimos Leveza, de Bert
Hellinger
Pensamentos a Caminho, de Bert
Hellinger
Quando fecho os olhos vejo você, de
Ursula Franke
Religião, Psicoterapia e
Aconselhamento Espiritual, de Bert Hellinger
Você é um de Nós, de Marianne
Franke-Grickeh
Ao nascer, uma pessoa traz
características genéticas consigo. Na maioria das vezes, os traços mais
notáveis são aqueles relacionados a aspectos físicos, como fisionomia, cor dos olhos,
estrutura corporal e até mesmo algumas condições de saúde. Da mesma forma,
ao longo do desenvolvimento, algumas particularidades emocionais também se
manifestam, como comportamento, maneira de reagir às situações e até mesmo
gostos e aptidões. Quem nunca ouviu a frase "Você puxou isso do seu
pai" ou "Você tem talento como sua mãe"? É comum achar que a
herança dos antepassados se restringe a esses aspectos. No entanto,
nossa ancestralidade é muito mais complexa do que se imagina e pode
influenciar, inclusive, alguns fatos e padrões de comportamento na vida de uma
pessoa.
A unicidade inclui
tudo e não julga nada. Que mudança você pode ter?
Data: 20 de novembro de 2020
Horário: das 19 às 22h
21 de novembro de 2020
Das 8 às 20h
Resumo do conteúdo:
Método terapêutico
promove a elucidação de conflitos na família, potencializa resultados nas
empresas e transforma vidas
ROTEIRO/HORÁRIO
01 – Inicio no horário exato com
apresentação das pessoas e seus propósitos no curso:
1ª. sessão coletiva de
Constelação:
02 - Apresentação do propósito do
curso, avisos gerais dos coordenadores. Eleição do líder da turma, 2
ouvidores e 3 avalistas.
03 – Modulo 1 da parte teórica.
04 - que é a Constelação Familiar de
Bert Hellinger?
https://www.youtube.com/watch?v=cXp9TTeCfvk TV BRASIL
https://www.youtube.com/watch?v=95mOeXPIwQQ Fantástico
https://www.youtube.com/watch?v=mb62c1RdqAs
05 – Aberto para debate
06 – Coffe brake
07 – Módulo 2 da parte
teórica
Os fundamentos psicanalíticos
fenomenológicos da Constelação Familiar de Bert Hellinger.
https://www.youtube.com/watch?v=OUPqcW5MTw8
08 Aberto para debate
09 – Módulo 3 da parte
teórica
Passo a passo para conduzir uma sessão
de Constelação Familiar com eficiência.
10 – Aberto para debate
12 – Módulo 4 da parte teórica
Formas de exercício legal da profissão
de terapeuta constelador e/ou aplicação da Constelação em casa e no
trabalho.
13 – Aberto para debate seguido de
almoço.
https://www.youtube.com/watch?v=yiRLsQAMvPY
14 –
Almoço. 15 – Dinâmicas de Constelação: com Bonecos,
individual e em grupo.
Entrevista de Bert Hellinger – vídeo.
16 – Práticas da Constelação no Rio e
em São Paulo (vídeos)
17– Dinâmica de grupo debater: https://blog.ferminoneto.com.br/2020/03/entrevista-de-bert-hellinger-roteiro-de.html
18 – Coffe break
19 – Plenário da
dinâmica de grupo com a contribuição livre de todos.
20 – Formação da 2ª sessão de
Constelação individual com bonecos
21 – 5º Módulo da parte teórico/prática
Como constelar combinando frases
dos livros de Bert Hellinger?
22 – Auto avaliação e encerramento com
entrega de certificado e coquetel ou jantar.
Módulo
1 da parte teórica
O que é a
Constelação Familiar de Bert Hellinger? Sua história, seu fundador, suas
vantagens.
Ao nascer, uma
pessoa traz características genéticas consigo. Na maioria das vezes, os traços
mais notáveis são aqueles relacionados a aspectos físicos, como fisionomia, cor
dos olhos, estrutura corporal e até mesmo algumas condições de saúde.
Da mesma forma, ao
longo do desenvolvimento, algumas particularidades emocionais também se
manifestam, como comportamento, maneira de reagir às situações e até mesmo
gostos e aptidões.
Quem nunca ouviu a
frase "Você puxou isso do seu pai" ou "Você tem talento como sua
mãe"? É comum achar que a herança dos antepassados se restringe a esses
aspectos.
No entanto, nossa
ancestralidade é muito mais complexa do que se imagina e pode influenciar,
inclusive, alguns fatos e padrões de comportamento na vida de uma pessoa.
O filósofo, teólogo
e psicanalista alemão Bert Hellinger é historicamente um estudioso do sistema
familiar.
Após conviver por
16 anos com a tribo dos Zulus, na África do Sul, e estudar profundamente
diferentes correntes dentro da psicologia, ele chegou à conclusão que os seres
humanos estão energeticamente conectados aos seus antepassados por meio de um
campo morfogenético, algo como uma energia coletiva.
Segundo a visão de
Hellinger, essa conexão faz com que os familiares carreguem consigo informações
vividas por outros parentes, mesmo que esses parentes já tenham morrido. Isso
significa que a vivência dos nossos antepassados, bem como suas crenças,
valores morais, traumas, doenças e segredos formaram uma espécie de memória que
pode ser passada geneticamente para seus filhos, netos e bisnetos,
influenciando a vida dos descendentes. Por esse motivo, é possível que alguns
obstáculos recorrentes, como problemas afetivos, endividamento e até mesmo uma
doença sejam, na verdade, consequências de alguma situação vivida, por exemplo,
pelos bisavós.
Uma
possibilidade
Pode ser que você
esteja um pouco confuso e tentando relacionar os problemas da sua vida com
atitudes dos seus parentes.
Mas é importante
saber que tentar identificar e resolver essa situação sem auxílio é um caminho
que dificilmente leva a uma solução.
No entanto, existe
um método capaz de alcançar esse entendimento e esclarecer esses emaranhamentos
herdados dos ancestrais: a Constelação Familiar.
O que é
Constelação Familiar?
A Constelação
Familiar é uma prática terapêutica usada para tratar questões físicas e mentais
a partir da revelação das dinâmicas ocultas de uma família.
Por meio da
constelação familiar é possível identificar acontecimentos que, mesmo
desconhecidos, podem trazer problemas para a vida de uma pessoa.
Essa prática pode
ser entendida como uma terapia breve, ou seja, que não requer repetidas sessões
para elucidar uma questão.
Isso acontece
porque a constelação familiar atua de forma energética e visa solucionar um
conflito por vez. Suas dinâmicas consistem em montar o sistema familiar e
entrar em contato com o campo morfogenético do sistema familiar do cliente.
Esse contato
possibilita identificar os motivos que possam ter ocasionado um desequilíbrio
nesse sistema.
De acordo com a
Associação Brasileira de Constelações Sistêmicas, a terapia de Constelação
Familiar não tem o objetivo de substituir outras terapias ou se colocar acima
da medicina convencional, mas sim servir de complemento e possibilitar que o
indivíduo tenha conhecimento de seu sistema familiar.
O Ministério da
Saúde incluiu a Constelação Familiar no rol de procedimentos disponíveis no
Sistema Único de Saúde (SUS).
A terapia foi
incluída no escopo das Práticas Integrativas e Complementares (PICs) como forma
de ser uma terapia complementar que pode contribuir para a saúde e bem-estar da
população.
E cresce cada vez
mais a sua aplicação em audiências judiciais da vara de família da Justiça para
atenuar conflitos de casais em situação de separação litigiosa.
Como nasceu a
Constelação Familiar?
A terapia da
Constelação Familiar foi criada pelo terapeuta, filósofo, teólogo e pedagogo
alemão Bert Hellinger.
Durante 16 anos,
ele atuou como missionário na África do Sul, numa tribo Zulu, e percebeu que os
integrantes da tribo possuíam uma dinâmica própria para a resolução de
conflitos.
Ninguém tinha um
problema na tribo. Quando algo acontecia, esse problema era de todos, não
haviam fatos isolados e sim um porquê coletivo.
Após esse período,
Hellinger voltou para a Alemanha e decidiu estudar de forma profunda a
psicologia, tornando-se assim proficiente em diferentes tipos de terapia, como
psicanálise, terapia gestáltica, análise transacional, hipnoterapia e terapia
de sistemas familiares.
Essas diferentes correntes,
associadas a outros conceitos estudados por Hellinger, foram fundamentais para
que ele chegasse ao entendimento do método de Constelação Familiar.
Nos anos
1980, então, Hellinger começou a trabalhar com constelações familiares.
Na época não era possível
explicar todos os mecanismos, fazendo com que ela fosse tratada como algo
místico.
Na década de
90, com o mapeamento do Genoma Humano, foi possível descobrir que os genes
transmitem memórias ancestrais para gerações futuras.
Essas memórias
passaram a ser conhecidas em âmbito científico como memórias epigenéticas.
Recentemente o
biólogo inglês Rupert Sheldrake fundamentou a teoria dos campos morfogenéticos.
Módulo
2 da parte teórica
Os fundamentos
psicanalíticos fenomenológicos da Constelação Familiar de Bert Hellinger.
No livro
"Constelações Familiares - O Reconhecimento das Ordens do Amor", de
Bert Hellinger e Gabriele ten Hovel, é explicado que quando uma pessoa nasce,
além da herança genética ocorre uma transmissão de informações por meio dos
campos mórficos.
Nesses campos
existe uma espécie de memória coletiva da espécie a que se pertence. E essa
memória é enriquecida em cada indivíduo da espécie e cada indivíduo dessa
espécie está ligado a essa memória.
De certa forma,
a teoria de Sheldrake dá embasamento científico para o que Carl Jung chamava de
inconsciente coletivo.
O inconsciente
coletivo é uma das principais teorias de Carl Jung, na qual acredita-se que
existe um conjunto de pensamentos e sentimentos compartilhados com outras
pessoas.
Sendo assim, a
mente humana teria características inatas impressas como resultado da evolução
e essas predisposições são originadas dos nossos ancestrais.
A partir
desse entendimento a constelação familiar se tornou algo mais viável de
trabalhar ao longo da história.
Quais são os
preceitos da Constelação Familiar?
Quando Hellinger
criou a Constelação Familiar ele descobriu, observou e validou as "Ordens
do Amor".
Essas leis têm o
poder de influenciar tanto a vida individual das pessoas quanto o sistema
familiar.
Emaranhamentos
O não cumprimento
dessas leis é um dos fatores que pode desencadear desequilíbrios e
emaranhamentos no sistema familiar, ocasionando assim em problemas afetivos,
financeiros, fobias, doenças e tendências suicidas.
As "Ordens do
Amor" escritas por Hellinger são respectivamente:
Lei da hierarquia
Lei do equilíbrio
Lei do
pertencimento
Todo indivíduo por
natureza tem a necessidade de pertencer. Sendo assim, ao nascer, uma pessoa
precisa se sentir parte de um sistema familiar ou institucional e ter sua
posição reconhecida e valorizada.
Essa premissa vale,
inclusive, se algum membro da família cometeu algum ato considerado moralmente
errado, como um assassinato, roubo, incesto, abuso sexual.
De acordo com
Hellinger, quando isso acontece, é comum que as pessoas da família prefiram
esconder e esquecer o assunto, com o objetivo de fazer com que aquele indivíduo
não faça mais parte da família.
O problema é que
quando uma pessoa é afastada ou excluída do sistema familiar isso causa um
sofrimento chamado "Dor dos Excluídos" e pode ocasionar problemas nas
gerações futuras. Isso faz com que os sucessores da família reproduzam e sejam,
de alguma forma, afetados por essa exclusão, sem saberem o real motivo.
Além disso, a Lei
do Pertencimento também se aplica quando uma pessoa foi prejudicada por alguém
da família.
Um exemplo seria um
dos pais ter tido uma relação afetiva mal resolvida no passado antes de
conhecer a pessoa com quem se casou.
Vamos supor que o
pai teve uma noiva que foi abandonada para ele ficar com a mãe com quem formou
uma família. Essa falta de resolução gera uma injustiça que desequilibra o
sistema familiar.
Essa situação
vivida no passado pode ter sido esquecida, mas não deixa de existir. E pode
fazer com que, por exemplo, a filha do casal tenha um relacionamento conturbado
com o pai.
Uma possível
explicação para isso seria o fato de a filha estar manifestando a dor da mulher
que foi substituída.
Segundo o livro
"Ordens do Amor" escrito por Bert Hellinger, quando alguma pessoa é
excluída seu destino é inconscientemente assumido por membros subsequentes da
família. A solução para resolver o conflito seria integrar novamente à família
a pessoa que foi excluída, pois essa aceitação possibilita que a injustiça seja
compensada e os destinos não precisam mais ser repetidos.
2. Lei da
hierarquia
Além de pertencer,
cada indivíduo ocupa uma posição dentro do sistema familiar.
De acordo com
Hellinger essa lei precisa contemplar a hierarquia de respeitar quem veio primeiro.
Logo, a Lei da Hierarquia institui que os pais têm precedência aos filhos e os
relacionamentos anteriores desses pais também ocupam um lugar de respeito na
história de cada cônjuge.
É muito comum que
os filhos passem a ocupar o papel dos pais dentro de uma família. Isso causa um
desequilíbrio.
Ele pontua que os
filhos não podem ser maiores do que os pais.
Quando isso
acontece as pessoas param de ocupar os seus respectivos lugares dentro do
sistema familiar.
Esse tipo de
desequilíbrio pode fazer com que, por exemplo, os pais naquela família
manifestem um comportamento infantilizado e os filhos fiquem ansiosos, pois
estão carregando uma carga emocional que não é sua.
Respeitar a
hierarquia não significa se fidelizar ao sistema familiar, mantendo os mesmos
comportamentos e padrões, pois implicaria em manter o sistema vigente, mas
reconhecer e honrar aos que vieram antes de nós.
Ao respeitar e
aceitar a hierarquia dos antepassados, é possível equilibrar novamente a
segunda ordem do amor
Lei do equilíbrio
Muitos dos
desequilíbrios no sistema familiar acontecem porque não há um equilíbrio entre
dar e receber dentro do sistema familiar.
Esse tipo de
manifestação pode acontecer, por exemplo, dentro de um relacionamento afetivo
em que um dos dois se doa mais do que o outro.
Somos acostumados a
acreditar que se doar por amor não traz consequências negativas.
No entanto, à luz
da Constelação Familiar, esse desequilíbrio pode fazer com que a pessoa que
recebeu demais torne-se dependente do par, passando a ser também menos
interessante como parceiro(a).
Isso faz com que a
pessoa que se doou demais, mas não recebeu em troca, busque outras distrações
ou outros parceiros(as), ocasionando assim uma traição entre o casal.
Da mesma forma,
pode acontecer de a pessoa que está recebendo demais sentir-se culpada por não
conseguir retribuir o amor que está recebendo e daí ela encontra uma forma de
sair daquela relação, ou então atacar a pessoa que se doou demais para fazer
com que ela se sinta inferior.
Vale ressaltar que
o emaranhamento da lei do equilíbrio pode se manifestar também quando
abandona-se a própria vida por alguém, um parceiro (a), filho, emprego.
Todos nós estamos
submetidos às Leis do Amor?
Claro que sim, pois
o campo morfogenético está presente na vida de todas as famílias.
Portanto, todas as
pessoas são afetadas pelas Leis do Amor, mesmo que não tenham conhecimento de
sua existência.
Como funciona uma
sessão de Constelação Familiar?
Sempre que uma
pessoa sente que há uma questão em sua vida de difícil resolução e que está
bloqueando o andamento de sua vida, é possível contar com o auxílio da
constelação familiar.
A terapia de
constelação familiar conta com a orientação de um constelador ou facilitador.
Essa pessoa é um(a) terapeuta com formação em constelação familiar.
Assim como noutras
terapias, no momento de participar de uma sessão de constelação familiar, é
necessário agendar um horário com um especialista ou participar de um workshop
ministrado pelo especialista.
Ao chegar ao local,
o cliente (é assim que a pessoa que busca a constelação é chamada) e o
constelador/facilitador (pessoa que irá conduzir a constelação) conversam
rapidamente.
Depois disso, o
cliente diz ao constelador qual é a questão que ele quer resolver.
Módulo 3 da parte
teórica
Passo a passo para
conduzir uma sessão de Constelação Familiar com eficiência.
(esse tema será
melhor trabalhado na parte prática)
A constelação
familiar pode ser realizada individualmente ou em grupo:
Constelação
familiar individual
Esse tipo de
atendimento é realizado apenas pelo terapeuta e o cliente. Como dito
anteriormente, a constelação familiar busca acessar o campo morfogenético a fim
de identificar qual é o emaranhamento que acomete o sistema familiar do
cliente.
Ao acessar o campo
energético é possível entender as dinâmicas que fazem parte do sistema
familiar.
O próximo passo é
utilizar representantes humanos ou bonecos para simbolizar os membros da
família do cliente.
Em uma constelação
feita em grupo esse tipo de representação é feita por pessoas escolhidas no
momento. Já quando se está trabalhando em uma constelação individual, essa
representação é feita com o auxílio de bonecos ou outros objetos.
O cliente então
seleciona os objetos que representarão os integrantes de sua família e os
posiciona a partir do direcionamento do campo.
Muitas pessoas têm
a impressão de que o processo individual dificulta o acesso ao campo.
Porém, de acordo
com Hellinger, em seu livro "Ordens do Amor", ao se aproximar dos
objetos é possível perceber a sensação dos integrantes da família envolvidos na
cena. Ao presenciar essa energia, é possível seguir com a constelação.
A partir da
movimentação do campo e também com auxílio de sua sensibilidade, o constelador
consegue identificar onde está o desequilíbrio no sistema familiar. Existe um
sistema de checagem para o constelador.
Por isso é
importante que o terapeuta esteja com a mente vazia para conseguir estar 100%
presente na cena. Quando se está presente a resposta sempre chega.
No livro
"Constelações Familiares - O Reconhecimento das Ordens do Amor",
Hellinger explica que a validação das hipóteses do constelador se dá pelas
reações manifestadas pelo cliente.
De acordo com ele,
a revelação faz com que o cliente adquira entendimento sobre seu sistema
familiar e isso pode ser libertador.
Tratamento do
desequilíbrio
Após o
desequilíbrio ser revelado é hora de fazer o processo de integração do
conflito.
Sendo assim, o
constelador pode orientar ao cliente a dinâmica mais adequada para aquela
situação, que pode ser a integração de alguém que foi excluído da família, a
aceitação de algum fato que estava sendo ignorado e até mesmo o afastamento em
uma relação que não está equilibrada.
É importante ter em
mente que cada família tem sua história, portanto para cada situação é
necessária uma abordagem personalizada.
Constelação
Familiar em grupo
O objetivo da
constelação familiar feita em grupo é o mesmo da individual: visualizar o campo
morfogenético do cliente a fim de identificar o emaranhamento em seu sistema familiar.
No entanto, esse
tipo de constelação conta com a participação de outras pessoas, que podem tanto
atuar como representantes quanto apenas assistir à constelação.
As constelações
coletivas costumam ser realizadas em workshops agendados previamente com o
constelador.
Assim como na
constelação individual, quando uma pessoa vai participar da dinâmica coletiva,
o cliente diz no ouvido do constelador qual é a sua questão.
Em seguida, o
constelador pede ao cliente que escolha pessoas da plateia para simbolizarem
seu círculo familiar.
De acordo com o
livro "O Poder da Constelação em 27 Relatos", ser representante
requer uma responsabilidade em deixar de lado o próprio sistema, ego,
julgamentos e preconceitos.
Como se fora um
ator, entra-se assim em uma realidade nova, na qual é necessário suportar,
respeitar e representar o destino daquilo que está sendo apresentado.
O contato com esses
representantes possibilita que o constelado tenha chance de reencontrar com
pessoas que morreram, com seus desafetos, medos e doenças.
Com os
representantes selecionados, o constelador pode pedir ao cliente que posicione
cada um dos selecionados de acordo com sua sensação interna.
No livro
"Constelações Familiares - O Reconhecimento das Ordens do Amor",
Hellinger explica que as pessoas escolhidas para atuarem como representantes
"se sentem como as pessoas reais tão logo se encontrem na
constelação".
Segundo ele, pode
acontecer de os representantes manifestarem sintomas dos membros daquela
família, mesmo sem saber algo sobre eles.
A medida que o
campo se abre e os envolvidos entram em contato com a dinâmica, eles passam a
ser guiados pela energia do campo morfogenético.
O ideal é que o
constelador faça o mínimo de interferências durante a dinâmica.
Porém, é possível
perceber que em determinados momentos o constelador pergunta aos envolvidos
como se sentem, se estão incomodados com alguma coisa ou como gostariam de
agir.
Da mesma forma que
na constelação individual, durante o processo em público o constelador observa
o que se manifesta e busca validar hipóteses a fim de identificar a situação
que desencadeou o emaranhamento no sistema familiar.
Quando chega à
resposta, então, se dá o momento de integrar o conflito. Vale ressaltar, no
entanto, que cada situação requer um tipo de desfecho.
Sendo assim, é
importante ter em mente que cada constelação possui suas próprias
particularidades.
Módulo
4 da parte teórica
Formas de exercício
legal da profissão de terapeuta constelador e/ou aplicação da
Constelação em casa e no trabalho.
Como eu agendo uma constelação
familiar?
Quem tiver
interesse em realizar uma sessão de Constelação Familiar pelo Sistema Único de
Saúde pode procurar atendimento na Unidade Básica de Saúde mais próxima. Lá os
profissionais darão orientação sobre as etapas a serem seguidas para participar
da dinâmica. É importante ressaltar que a data do agendamento depende das vagas
disponíveis no sistema de saúde.
Além disso, também
é possível agendar uma sessão com os terapeutas particularesque realizam
constelação familiar.
Alguns terapeutas
realizam a sessão no próprio consultório. Caso seja uma constelação em grupo, a
dinâmica poderá ser realizada em um local público.
Preço da sessão de
Constelação Familiar
A Constelação
Familiar tem um preço que varia muito, principalmente entre as cidades. Mas
cada profissional precisa ter consciência de seu valor e de quanto lhe custa
fazer a entrega do benefício ao cliente.
Em São Paulo e no
Rio de Janeiro é possível encontrar profissionais capacitados que cobram por
uma média que varia entre R$ 450 a R$ 1500,00
Em Araguaína
normalmente custa R$ 250,00 a R$ 720,00, sendo a maioria executada
por psicólogos e psicanalistas que já obedecem tabela normal de seus
consultórios.
Em todos os casos,
a melhor opção é buscar sempre um bom profissional, com o qual sinta afinidade,
confiança e empatia e que tenha, é claro, reputação, sinta amor pela causa,
tenha vivência e experiência em Constelação Familiar Sistêmica.
O que acontece
depois que a constelação termina
Assim que a
constelação familiar termina o ideal é que o cliente saia da sessão e procure
não pensar muito no que aconteceu na dinâmica e tente não comentar com outras
pessoas.
Conversar com
outros profissionais sobre como foi a constelação também não é adequado. Cada
profissional que atua com esse tipo de terapia tem seus próprios recursos para
interagir com a situação.
Quando uma pessoa
faz constelação não é somente ela que sente os efeitos do processo, os
familiares e pessoas envolvidas na dinâmica, como indivíduos que não estavam
integrados ao sistema, também podem sentir a influência.
Isso acontece
porque todos nós temos campo morfogenéticos emaranhados. Sendo assim, quando
uma questão é integrada ocorre uma reação em cadeia.
É importante dizer
que muitas das informações vistas no campo morfogenético podem ser difíceis de
lidar em um primeiro momento.
Principais
benefícios da Constelação Familiar
É bem possível
obter transformações significativas na vida, como melhora no relacionamento
entre parentes, solução de problemas financeiros, afetivos e, em alguns casos,
até mesmo na saúde.
É importante ter em
mente que assim como a dinâmica tem suas particularidades, os benefícios também
podem variar de pessoa para pessoa.
Mas de maneira
geral, esses esclarecimentos podem ser úteis para o cliente:
Identificar
emaranhamentos ocultos no sistema familiar;
Ajudar a encontrar
o lugar certo de cada indivíduo dentro do sistema familiar;
Romper com
comportamentos e condicionamentos que prejudicam a vida dos que estão envolvidos
no sistema familiar;
Possibilidade de
integrar conflitos passados e obter melhorias nas questões que antes eram
aflitivas.
Informações
úteis para considerar antes de fazer uma Constelação Familiar:
Não existem
vítimas
Existem situações
na vida que nos tiram o chão. Diante de fatos assim, é comum se sentir como
vítima. Em uma sessão de constelação familiar o terapeuta não aceita a posição
de vítima. Se eu vejo meu cliente como vítima, estou dizendo que ele não é
capaz de se curar.
Ao primeiro momento,
isso pode parecer um comportamento rígido diante da fragilidade. Mas na verdade
pode ser compreendido como um exercício de enxergar o cliente em sua
totalidade, apesar do que ele pensa de si mesmo.
Se um cliente chega
no consultório se colocando no papel de vítima, ele precisa ser orientado que
esse não é o caminho.
Dentro da premissa
da constelação familiar, as pessoas têm responsabilidade pelas situações que
vivenciam. Esse tipo de informação pode causar diferentes sentimentos. Mas isso
acontece pelo fato de conhecermos apenas uma pequena parte sobre o sistema
familiar e sermos muito apegados aos nossos julgamentos.
Nunca há o que ser
perdoado
Assim como não há
vítimas, também não há o que precise ser perdoado dentro de uma dinâmica de
constelação familiar.
“Quando eu perdoo
alguém eu me coloco como se fosse superior. Esse tipo de sentimento pode gerar
um desequilíbrio no campo. Como disse, todos têm responsabilidade pelos fatos
que vivenciam. Logo, não há necessidade de perdão”.
Algumas
descobertas podem ser difíceis de lidar
Em uma
terapia de constelação familiar o contato com o campo morfogenético pode
mostrar situações difíceis de lidar - como assassinatos, mortes, abortos,
abusos sexuais e injustiças.
Receber esse tipo
de informação pode ser difícil, mas faz parte da prática terapêutica, pois o
cliente precisa saber o que campo mostra.
Da mesma
forma, adquirir esse entendimento pode ser igualmente libertador para entender
e integrar os conflitos que estão presentes no sistema familiar.
As descobertas
vistas no campo são ditas de forma direta
O constelador tem
um compromisso muito sério com a cura de seus clientes, mas não com o ego ou as
crenças limitantes que carregam.
Sendo assim, o
constelador não irá esconder do cliente uma informação que seja importante para
sua cura.
Hellinger explica
no livro "Ordens do Amor" que o constelador é uma pessoa que traz
realidades à luz e são essas realidades que ajudam e curam os clientes.
Existe um período
de tempo que deve ser respeitado entre uma constelação e outra.
Passar por uma
terapia de constelação familiar pode trazer transformações significativas para
a vida de uma pessoa.
No entanto, ela
mexe com a energia do campo morfogenético do sistema familiar e essa
movimentação pode ser intensa.
Sendo assim, não é
indicado que seja repetida em um curto espaço de tempo. O ideal é esperar seis
meses para repetir o procedimento.
Todo tipo de
questão pode ser constelado?
Seja uma unha
encravada, uma pessoa com doença terminal ou até mesmo uma empresa, é fato que
todo tipo de questão pode ser constelada e ter seu conflito inserido no sistema
familiar.
Atendimento online
Constelação
Familiar / Empresarial Online.
Faça a
sua:
No
conforto e segurança da sua casa ou local de trabalho;
Constele
on-line com o mesmo potencial de um encontro presencial;
Grato
pela oportunidade de trabalharmos juntos em seu processo.
Bônus:
Ensinamentos de
Hellinger sobre o relacionamento marido-mulher:
O respeito ao
espaço de cada um é aspecto fundamental para o sucesso de um relacionamento.
Para amar é preciso
aceitar duas solidões: a sua própria e a do outro.
“Numa relação deve
haver respeito por segredos. É ridículo querer que se conte tudo ao outro. Mas
não se pode agir como um intruso na alma da outra pessoa, mesmo que o
relacionamento seja duradouro”.
Além do amor e da
disponibilidade para a convivência, Hellinger cita o sexo como o terceiro
elemento essencial na relação de um casal.
“É a base de tudo.
Você não sente amor, vocês não vão ficar juntos, é somente sexo. Não tenho nada
contra, mas, quando o amor também atua, as pessoas são capazes de ficar juntas
e partilhar uma vida comum, o que é algo bastante diferente”.
Os primeiros laços
de amor são atados na família, que é uma grande alma comum. Essa consciência
coletiva comum é transmitida por sucessivas gerações, em uma corrente de
influências, incluindo experiências dolorosas vivenciadas pelo grupo.
Mesmo tendo
construído uma teoria estabelecendo determinadas leis comuns a todos os
relacionamentos, Bert Hellinger define sua terapia como empírica, isto é,
baseada na observação e na experiência. Ele diz não ter um diagnóstico global
ou uma fórmula mágica para fazer com que o amor dê certo.
Essa é a base da
terapia das constelações familiares, resultado da experiência e da observação
de Hellinger em seu trabalho de atendimento individual e a casais e outros
grupos durante mais de três décadas.
O trabalho não é
focado em questões psicológicas, mas nos padrões de comportamento gerados em
determinado sistema familiar, pois há uma ordem do amor que favorece o fluxo
afetivo harmonioso.
A reverência
essencial é cultivar reconhecimento e gratidão aos pais, antepassados e
parceiros anteriores, isto é fundamental para que o amor do presente
dê certo.
A ideia de
“sistema” (casal familiar ou outro agrupamento) tem sua origem nas reflexões do
estruturalismo, do início do século XX.
Um mais um é mais
que dois: a junção de elementos transforma a individualidade dos membros.
Um grupo (família
etc.) tem uma existência própria, que não é a mera justaposição de indivíduos.
O relacionamento altera a forma de ser, pensar e agir dos indivíduos.
Quem é Fermino
Neto?
Fermino Neto é
formado em Teologia, Filosofia, Pedagogia, Jornalismo com especialização em
Fenomenologia e Docência do Ensino Superior. Tem um vasto trabalho
com Mass Media, Comunicação Assertiva, Constelação Familiar e Psicanálise. (www.aguiaterapias.com.br
É também um
reconhecido professor de comunicação, mediador de seminários, palestrante, escritor
e gestor de pessoas. (www.ferminoneto.com.br)
É autor de quase 30
livros já esgotados nas livrarias mas acessíveis para download em www.aguiaeditora.com.br. Entre
estes figuram 6 preciosos livros de comunicação tendo
como foco o ensino da oratória, da liderança e do desenvolvimento
pessoal.
Fermino Neto é
criador de vários projetos de comunicação bem sucedidos, tendo Cid
Moreira como principal companheiro, padre Eusébio van den Aardweg, Hebe
Camargo, Dermi Azevedo, Arnaldo de Vidi, Chico Anysio, Pedro Bial, José Wilker,
Ana Maria Fadul, pastor Nilson Fanini, Stênio Garcia, Thiago Lacerda, Cissa
Guimarães, Millôr Fernandes, Gonzaguinha entre outros.
Boa parte de sua
vida profissional foi como sacerdote na Igreja Católica e em consultório.
Também é muito
respeitado por seu tempo nas empresas de rádio, tv e gravadoras, de
onde extraiu o conhecimento e segurança com que ensina
desenvolvimento pessoal.
Em sua trajetória
foi assistente espiritual do Movimento Familiar Cristão, do Encontro de Casais
com Cristo e incentivador da Pastoral da Família.
Comunica-se
divertindo todo mundo com as técnicas usadas por artistas, repórteres e
apresentadores das empresas de comunicação, especialmente na Rede
Globo.
Referências de leitura para
aprofundamento:
Constelações Familiares, de Bert
Hellinger e Gabriele ten Hövel
Ordens do Amor, de Bert Hellinger
Ordens da Ajuda, de Bert Hellinger
Desatando os Laços do Destino, Bert
Hellinger
As Constelações Familiares em Sua
Vida Diária, de Joy Manné
O Essencial é Simples, de Bert
Hellinger
Para que o Amor Dê Certo, de Bert
Hellinger
Outras Leituras Recomendadas:
A Fonte não Precisa Perguntar pelo
Caminho, de Bert Hellinger
A Paz Começa na Alma, de Bert
Hellinger
A Simetria Oculta do Amor, de Bert
Hellinger
Amor à Segunda Vista, de Bert
Hellinger
Liberados Somos Concluídos, de Bert
Hellinger
No Centro Sentimos Leveza, de Bert
Hellinger
Pensamentos a Caminho, de Bert
Hellinger
Quando fecho os olhos vejo você, de
Ursula Franke
Religião, Psicoterapia e
Aconselhamento Espiritual, de Bert Hellinger
Você é um de Nós, de Marianne
Franke-Grickeh
0 Comentários