JURISTA ALMIR PAZZIANOTTO PINTO
É quase impossível, a um nativo
de Capivari, andar pelo Brasil sem que, de quando em vez, alguém pergunte pelo
dr Almir Pazzianotto Pinto.
Pesquise e você verá que o Almir daqui
aparece 3 pontos acima até do Almir Sater no Google. Lembro-me quando, em São
Paulo, fui almoçar com os jornalistas da Folha, Dermi Azevedo, Jorge Batista e
Boris Casoy, no térreo da revista IstoÉ; por lá, em outra mesa, estava, entre
outros, Joelmir Betting conversando com Cesar Tralli. Não conhecia o Tralli
ainda, mas fui saudar o Betting. O Joelmir que esteve no Capivari Clube em 1982
para o lançamento de meu livro “Viver Além Daqui” e proseou muito com a sua
leitora dona Cidoca Annicchino, então me valorizou na trama: “Fermino é da
terra do grande Almir Pazzianotto, Capivari”. Ao que o repórter Tralli exclamou:
“Nossa, que orgulho, o dr Almir é uma boa referência!” Isabela Scalabrini, dada
ao senso de estética, jovenzinha ainda, emendou: “Ele é um lorde inglês,
inteligente, um gato, não vá contar pra ele”. Para não perguntarem se eu tinha
acesso ao Ministro achei melhor sair à francesa.
Este “Menino de Capivari”, hoje celebridade
jurídica, passou a infância na Sinharinha Frota como aprendiz do pai fotógrafo
e parte da juventude como profissional desta área, que fortalece o alcance da observação, capta a
percepção e interpretação de imagens e fatos da vida. Na Cidade, quem acompanha
os passos e gosta de carteirinha do dr Almir é o nosso amigo comum diretor do Correio
e da Rádio Cacique, o dr Arnaldo Mattar. Em nossas conversas ele descreve o ex
ministro como sua referência também, pela consideração e amizade, pelos eventos e lugares em que foi convidado para
estar na Capital Paulista e em Brasília.
Poucas pessoas lembram, mas o
apresentador Silvio Santos foi candidato a presidente em 1989. Se não fosse por
manobras jurídicas dos adversários, principalmente, da campanha de Fernando
Collor de Mello, Silvio Santos tinha muita chance de ser eleito presidente do
Brasil naquela campanha. Mas, no impulso, o Silvio visitou o jornalista Roberto
Marinho na então sede oficial da TV Globo na rua Lopes Quintas. Fiz parte da
comitiva que foi encontra-lo no aeroporto Santos Dumont, com o superintendente
José Bonifácio de Oliveira Sobrinho, o Boni e o diretor de jornalismo Alberico
Souza Cruz, Glória Maria e Berto Filho. Ao me apresentar ao presidenciável
Alberico firmou: “Da terra do jurista Almir Pazzianotto”. Ao que o Silvio
emendou: “terra das capivaras”, associando com a terra em que sua mulher foi
criada e tem um Capivari por lá.
Estou me esforçando, não para
bajular, mas para reconhecer. Os mais novos precisam se ver na experiência de
vida dos que nasceram antes. Por isso nunca podemos desperdiçar uma só
oportunidade de motivar as crianças, jovens e adolescentes. O dr Almir torna-se
muito maior quando nos lembramos que sua grandeza profissional jamais o moveu
de sua característica humildade, herdada do velho pai e da amável mãe. Em
Capivari quem não é humilde, é louco.
Bacharel em Ciências Jurídicas e
Sociais pela Universidade Católica de
Campinas (SP), em março de 1985, foi nomeado Ministro de Estado do Trabalho; Ingressou
na Justiça do Trabalho no cargo de Ministro do Tribunal Superior do Trabalho
(TST), em 29 de setembro de 1988; exerceu o cargo de Corregedor-Geral da
Justiça do Trabalho, no período de 02 de agosto de 1996 a 03 de agosto de 1998;
tornou-se Vice-Presidente do TST, no biênio de 1998 a 2000; presidiu o TST, no
período de 2000 a 2002.
Dr Almir foi Assessor Jurídico da
Federação dos Trabalhadores nas Indústrias Metalúrgicas, Mecânicas e de
Material Elétrico do Estado de São Paulo; participou da Federação dos
Trabalhadores nas Indústrias Químicas e Farmacêuticas do Estado de São Paulo; de
1974 a 1978, exerceu cargo de Deputado Estadual junto à Assembleia Legislativa
do Estado de São Paulo, pelo Movimento Democrático Brasileiro - MDB (que mais
tarde tornou-se PMDB) e reeleito para os
mandatos de 1979 a 1982 e de 1982 a 1986.
Na Assembleia Legislativa de São
Paulo, presidiu a Comissão de Relações de Trabalho, de 1977 a 1982, e a Comissão
de Política Salarial, de 1984 a 1985.
É membro de uma família alegre,
culta e unida. Suas irmã, profa Zilce
Pazzianotto Pinto Machietto, às segundas feiras reúne músicos e cantores em sua
própria casa para reviver as emoções da musica brasileira. Nunca deixam de ser
lembrados aqueles que partiram antes, Miguélito, tenente Denizar, Nicolino,
Zeca, Lucianinho enfim, por ali continuam vivos. De dr Almir muito há para ser
lembrado, gosto dele e sei da recíproca; evitei dados contidos em profusão na
internet ou jornais. Para dados históricos e pontuais é recomendável o portal
do TRT-SP. Sugiro que em sala de aula se fale mais do dr Almir aos jovens e
adolescentes, não como “gente de quem”, mas um capivariano que mirou a lua e
acertou as estrelas.
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