AMOR E EMARANHAMENTO EM CONSTELAÇÃO FAMILIAR
Emaranhamento e Amor à beira do precipício em Constelação
Familiar
emaranhamento e amor à beira do precipício
Neste artigo, vamos resumir as semelhanças e diferenças
entre Emaranhamento e Amor à beira do precipício em Constelação Familiar e
Sistêmica. A questão é válida porque envolve dois pontos centrais da teoria de
Bert Hellinger, o terapeuta fundador da Constelação Familiar.
Semelhanças entre Emaranhamento e Amor à beira do precipício
O conceito de Emaranhamento (ou Emaranhado) e o conceito de
Amor à beira do precipício possuem aproximações, semelhanças.
Ambos representam uma dor, uma “confusão” com a forma de
interpretar fatos da história familiar e dos sentimentos de um membro deste
grupo familiar.
Em razão desta “aproximação na dor psíquica” que causa,
esses conceitos são por vezes confundidos. Mas as semelhanças param por aí.
Vejamos a seguir as diferenças.
Diferenças entre Emaranhado e Amor à beira do precipício
A diferença entre Emaranhado e Amor à beira do precípio, em
resumo, é que:
1. Emaranhamento é quando a confusão e o conflito se
instala, quando algo prejudicial acontece na nossa infância (ou antes), conosco
ou com outros membros familiares, e não conseguimos entender e processar.
Por exemplo, um trauma ou um abandono familiar podem ser a
origem de um emaranhamento.
2. O amor à beira do precipício é uma (mas não a única)
forma de consequência possível de um emaranhamento. Um membro familiar pode
assumir as dores no lugar de outra pessoa, buscando o equilíbrio do sistema.
Então, o Amor à beira do precipício envolve sacrificar-se no
lugar de outra pessoa, acreditando que aquilo trará uma “nova ordem” ao
sistema.
Essa tentativa equivocada de ajuda pode ocorrer por diversas
formas de sofrimento: trabalhar demais, querer ajudar para além de suas forças,
culpar-se, achar que merece morrer ou sofrer como o outro membro do clã também
o fez etc.
Além do Precipício, quais outras formas de Emaranhamento
Mas o emaranhamento ou emaranhado pode não resultar no amor
à beira do abismo. Pode resultar também em recusar algum membro, em achar que a
família não é justa para consigo (e revoltar-se contra ela), excluir algum
membro, autoexclusão etc.
Portanto, o emaranhamento seria o disparo (origem) do
problema. O amor à beira do precipício seria uma forma inadequada de tentar
reequilibrar o sistema. Normalmente, quando o constelador vê um membro em
sacrifício (amor à beira…), ele buscará compreender as razões (emaranhados).
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