MAIS AMOR E RESILIÊNCIA NO LOCAL DE TRABALHO
Infelizmente, o contato com pessoas agressivas faz parte do nosso cotidiano, o que se vê no trânsito, na rua, no supermercado, no shopping, em casa. No local de trabalho, a violência também acontece, podendo ser bastante prejudicial ao desenvolvimento do profissional e da empresa como um todo.
Quando olhamos os dados alarmantes nas estatísticas sobre a saúde mental, sobre a necessidade de otimizar a comunicação assertiva no ambiente de trabalho... Quando se fala de respeito e amor no ambiente entre seres humanos, não estamos elocubrando sobre um ente de razão filosófico, dispensável na vida prática, mas de algo essencial no ambiente de trabalho. São essenciais para que possamos viver em paz, felizes e com segurança num lugar que passamos a maior parte de nossa vida útil. Ainda jamais sem reconhecer a importância da harmonia e empatia para o time alcançar metas.
Nesta semana, às avessas, vimos um exemplo gritante disso. Como estaria o rendimento do time na procuradoria da prefeitura de Registro nesse tempo de ameaças e medo?
Além da
indignação, impossível de não sentir diante de uma monstruosidade, no que diz
respeito ao julgamento propriamente dito, não seria o nosso papel. Há tribunais
na terra e no céu para que justiça seja feita. Mas nesta semana vimos uma mulher
trabalhadora do Direito apanhando em seu local de trabalho.
Pior, seu
local de trabalho é nada menos que um lugar público, a Procuradoria do
Município de Registro, no interior do desenvolvido Estado de São Paulo. A dra. Gabriela
Samadello Monteiro de Barros é uma conceituada advogada na Subsessão da OAB e
sua dor calou forte em todas as pessoas que batalham pelo fim da violência
contra a mulher.
A dra. Gabriela
foi há pouco tempo nomeada chefe dos procuradores daquela Prefeitura. Isso
causou a reação do seu subordinado insubordinado.
A mudança no
comportamento do procurador que agrediu a colega na Prefeitura de Registro
gerou medo e ansiedade em funcionários do local semanas antes daquela tragédia
moral. O jovem advogado, dr. Demétrius Oliveira de Macedo, de 34 anos, foi
preso em Itapecerica da Serra dias após a agressão contra a dra Gabriela, sua procuradora
chefe.
O G1 da
Região de Santos fez um trabalho exemplar na divulgação da notícia. Quase em
tempo real, e isso fez toda a diferença. A sociedade civil comprou o barulho
dela ao nível de fazer o acusado retornar ao cárcere e o delegado que ordenou
sua soltura rever sua posição a partir de ordem judicial.
O primeiro diálogo
sobre o assédio moral que dias depois virou agressão física com lesão corporal,
foi iniciado no dia 27 mas durou até 30
de maio. Thainan Maria Tanaka,
funcionária da Prefeitura de Registro e a dra Gabriela, procuradora agredida,
trocavam conversas via aplicativo de conversa.
“Durante o período, as mulheres comentaram
sobre episódios de agressividade e até destacaram como 'medida de segurança'
nunca estarem na repartição pública apenas na companhia do procurador, relata o
G!: O doutor Demétrius acabou de vir aqui, era 17h33, a 'Pri' [funcionária]
falou com ele: 'Voltou, doutor?', mas ele nem a respondeu. Foi direto na sua
sala e, depois enfiou a cabeça na sala da doutora Kátia. Veio para 'quebrar o
pau', estava transtornado!”
No primeiro relato sobre o comportamento de Demétrius Oliveira de Macedo, Thainan disse que ela e mais dois colegas ficaram assustados com o procurador. Um deles, chamado "Lucas", teria, inclusive, trancado uma das portas para evitar contato com ele.
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