OFICINA DA VOZ
Quem já parou para pensar em si a partir da própria voz? Já se ouviu de verdade e sabe quem é sonoramente falando? Eu ajudo pessoas a fazerem isso na vida, e elas lucram muito se dando esse luxo. Posso contar como cheguei até aqui?
ENFIM A SÓS
Você pode, mas nunca deve escrever um texto pessoal no nível que desinteresse aos outros, nem tão impessoal que transpareça matéria fria, sem emoção e apessoada. Dei aulas para mais de 20 mil alunos, estudo em universidades desde 1978 e a cada tempo me formo em algo com uma turma diferente. Até pós latu sensu EAD já tenho no currículo em plena pandemia. Sou membro de duas academias, participei de várias entidades e sindicalizado. Impossível que essa história interesse apenas para mim, Senhor.
OFICINA DA VOZ
Encontrei na
pasta de documentos o certificado do primeiro Curso de Comunicação que dei na
vida fora dos limites da Igreja Católica. Foi em 1996 na Pinacoteca Municipal
"Miguel Dutra" de Piracicaba, que tinha competente curadoria da dra
Cláudia Woltzenlogel Pauléo. Eterna
gratidão à Secretaria Municipal de Cultura, tempos do secretário Dr Carlos Roberto
Hoppe Fortinguerra e do prefeito Mendes Thame. A concepção gráfica foi
reproduzida do cartaz criado pelo engenhoso Crivelari, sócio do Djalma de Lima e meu numa agência de
publicidade em Piracicaba, SP.
O nome do
evento de uma semana aberta gratuitamente à população recebia o pomposo nome de OFICINA DA VOZ.
Na ocasião
eu estava já muito bem preparado e em condições de contribuir, de distinguir o
que era assunto para uma simples oficina em grupo, e o que seria digno de
encaminhamento para a terapia da voz na Fonoaudilogia, ou até à medicina
Otorrinolaringologista, Foniatria, Clinico Geral, que, em caso de anomalia,
seria infinitamente melhor. Sabia pouco, mas sabia o bastante.
Até então
tudo que eu sabia sobre voz e fala era o
que tinha aprendido com profissionais do rádio e da tv, com pessoas dedicadas
ao assunto que haviam cruzado meu caminho, nos corais dos seminários por onde
passei principalmente nos Sagrados Corações onde tocava violão nas missas e
cheguei a treinar como órfeão diante do velho órgão de madeira que dependia do
movimento dos pés para produzir som e fui submetido aos ouvidos de padres holandeses
muito exigentes e afinados, o que até hoje nem sei se me reprovaram ou
aprovaram. Verdade é que nunca saia do meio. Cantei nuns festivais universitários
de música e cheguei a me dar bem. No Seminário Bom Jesus, em Aparecida do
Norte, o maestro era muito chegado ao cancioneiro popular do Brasil. No dia 5
de julho de 1980, durante o almoço com o Papa João Paulo 2, figurei entre os
que cantaram para Sua Santidade, durante o almoço após a missa do coral de mil
vozes na Basílica Nacional. Este coral do almoço tinha pouco mais de 20
componentes, todos seminaristas e nós cantamos “asa branca”, “mulher rendeira”.
E dali mandei todo meu amor ao cardeal Karol Woytilla, por quem torci em
orações para que se tornasse Papa.
De forma que
essa carreira de lidar com a voz me trouxe a mais feliz memória. Passei desde
menino por estações de rádio e se não há coisa escondida nesse meio é o
traquejo de se usar corretamente a voz. Em qualquer recôndito do mundo, onde
tem alguém que se ocupa da locução você percebe a inflexão, o tom, a voz, o
ritmo, o vocabulário, os trejeitos com o corpo, tudo enfim, meio semelhante ao
que possivelmente já tenha visto ou ouvido em algum lugar.
Em 1988 a
jornalista Jaciara Moreira, primogênita do Cid Moreira com dona Odimeia Danelli,
me observou falando numa FM em Taubaté e
sentiu uma voz escondida numa persondalidade tíbia. E me aconselhou tratamento
fonoaudiológico. Tempos depois me acompanhou até o consultório da fono Rose
Gonçalvez, que realmente me trouxe não só um novo desempenho ao falar mas uma
nova personalidade ao viver.
Maravilhosa,
grande profissional e quase irmã da Jaciara, abriu espaço para que eu
conhecesse bem todo o programa usual nas grandes redes de tv e rádio, principalmente
no sistema globo.
Anotei tudo,
pesquisei mais. Tive a sorte de conhecer o foniatra Pedro Bloch, e seus livros
na Ediouro. Desatei a fazer cursos de oratória, oficinas de voz e a participar
de movimentos teatrais. Na Igreja Católico me ocupei disso enquanto fui padre,
enfocando na liturgia, no canto sacro, na forma do sermão e no conhecimento
bíblico.
Nesse tempo
todo passei anotando o passo a passo do meu caminho. E avaliei, na década de
90, que poderia ajudar pessoas com as mesmas dificuldades que eu tinha no
desempenho pessoal e profissional para me comunicar.
CANAL DA ESCOLA DO SUCESSO
Foi assim
que em 1996 cheguei ao livro “SOLTE A VOZ COMO os PROFISSIONAIS”, que apresento
na íntegra, atualizado, revisto e com comentários nas primeiras lives do canal
da Escola do Sucesso, no Youtube. Adoraria receber você por lá.
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